“Eu acho que não dá para continuarmos mais”. Essas foram as palavras conclusivas que uma esposa disse a um casal de irmãos que procurava ajudá-la em seu casamento em crise.Ela continuou dizendo: “Faz muito tempo que nosso casamento perdeu o frescor, a alegria e o sentido de estarmos juntos. Já conversei com meu esposo explicando que precisamos mudar, já esbravejei um sem-número de vezes dizendo que não é sensato brigar por coisas tão pequenas: pela camisa que não foi passada, pelos objetos que ele procura e que não sei onde estão, pela janela que ficou aberta durante a noite, pelo copo que quebrou e por muitas outras situações de pouca importância. Temos também discutido com tenacidade por razões um pouco mais delicadas: filhos, sexo e administração financeira, mas não vejo que precisamos chegar a gritar um com o outro e depois passar dias a fio sem nos falar. A lista dos motivos que nos têm levado a discutir é imensa. Penso que precisaria de mais de um dia para expô-los.”
Naquele momento tão crítico para aquela esposa desesperada, desolada e com todas as forças exauridas, dissemos: “Você já chorou pela condição de seu casamento, por sua condição e pela condição de seu esposo?”
Abismada com o que ouvia, ela disse: “O quê? Eu não tenho motivos para chorar, e sim para sentir raiva e ultimamente muito ódio.” Então dissemos: “Se sinceramente deseja salvar seu casamento, é hora de chorar por ele e pela condição lamentável em que vocês dois se encontram.”
Jesus Cristo, quando subiu ao monte para falar sobre o reino dos céus e o modo como este seria estabelecido, Ele surpreendeu a todos com essas palavras: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mateus 5:4). O que o Senhor Jesus queria dizer com essas palavras tão simples, mas tão profundas? Que, se as pessoas quisessem ter suas vidas controladas, harmonizadas e ajustadas pelo governo dos céus, deveriam chorar.
Certa esposa comentou que um dia, enquanto discutia com seu marido, ouviu o Senhor em seu interior dizer: “Pare de brigar, vá para o quarto e comece a orar apenas por você”. Assim ela fez. Depois de um tempo orando, ela começou a chorar por causa de sua pessoa e então viu quão exigente, briguenta, disputadora e controladora era.
Naquele momento em que se esvaziava pela oração e chorava por sua condição, ela começou a sentir o próprio Senhor consolando-a e, de súbito, o amor por seu marido despontou novamente. Foi aí que o grande Conselheiro disse: “Agora ore por seu marido”. Dessa forma, palavras que há tempo não eram pronunciadas começaram a ser ditas: “Obrigada, Senhor, por meu marido. Eu o amo e quero todo o bem para ele, que ele desfrute de Ti e possa ter maravilhosas experiências Contigo. Senhor, renova-o da mesma maneira que o Senhor está fazendo comigo. Amém.”
Você percebeu agora o que o Senhor queria dizer quando afirmou que bem-aventurados são os que choram? O choro diante do Senhor é capaz de gerar lágrimas de arrependimento. O choro abre caminho para o conselheiro Jesus falar conosco, nos iluminar e não apenas isso, mas também nos consolar e encher nosso coração de amor, ternura e compreensão por nosso cônjuge.
Essa é uma experiência que todos os cônjuges devem procurar ter. Jesus é o conselheiro e o verdadeiro consolo de nossa alma.
Texto extraído da secção "O que Deus uniu" do Jornal Árvore da Vida (n. 194). Para fazer a assinatura dessa preciosa publicação cristã, acesse o site:www.arvoredavida.org.br/jav
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